Resultados do 1º turno das eleições para reitor da USP

21/10/2009 at 00:39 (Notícias) (, , , , )

Diretor da Física São Carlos vence 1º turno para reitor da USP

Glaucius Oliva recebeu 756 dos 1.641 votos nesta terça-feira, 20; índice de abstenção foi de 15%
SÃO PAULO – O primeiro turno para eleições para reitor da Universidade de São Paulo (USP) colocou nos três primeiros lugares os diretores do Instituto de Física de São Carlos, Glaucius Oliva, o da Faculdade de Direito, João Grandino Rodas, e o pró-reitor de pós-graduação, Armando Corbani, nesta ordem. A apuração dos 1.641 votos – com abstenção de 15% – ocorreu na noite desta terça-feira, 20. O segundo turno do pleito gera uma lista de três nomes, que são encaminhados para o governador José Serra (PSDB) determinar o vencedor.

Oliva recebeu 756 votos; Rodas, 643; e Corbani, 423. Em seguida vieram o professor do Instituto de Matemática e Estatística Francisco Miraglia (293), a diretora da Faculdade de Educação, Sonia Penin (272), o pró-reitor de cultura e extensão Ruy Altafim (202), o coordenador da Comunicação Social Wanderley Messias (167) e o diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Sylvio Sawaya (69).

A atual reitora, Suely Vilela, afirmou que “os que estão liderando estão bem preparados”. Ela também disse que o seu substituto deveria se preocupar em organizar a avaliação dos cursos de graduação. A instituição não participa do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Suely também defendeu mudanças no processo eleitoral, criticado por estudantes e funcionários, que têm baixa representatividade. “Todos deveriam votar, mas poderia seguir a proporcionalidade estipulada pela LDB”, diz, referindo-se à lei federal que pede eleições universais nas universidades, mas com peso maior para os votos dos professores. Segundo ela, não houve tempo em sua gestão para mudar o processo, apesar de ter isso sido debatido.

Protestos

Dois protestos realizados nesta terça-feira na Cidade Universitária foram os únicos sinais visíveis de movimentação política. Os estudantes pedem eleições mais democráticas, com maior participação de alunos e funcionários. Cerca de 1,9 mil eleitores, dos quais 165 são alunos, poderiam votar para escolher o 25º reitor da instituição. O primeiro turno determina uma lista com oito candidatos ao cargo, já que todos os professores titulares da USP podem receber votos. No dia 10, um colégio eleitoral menor escolherá a lista tríplice que vai ser enviada ao governador José Serra (PSDB).

Uma das manifestações ocorreu no período da manhã, no Instituto de Psicologia, enquanto professores, alunos e funcionários se dirigiam às urnas. Teve faixas e distribuição de panfletos, propondo um maior peso para alunos e funcionários no pleito. A segunda partiu da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e reuniu cerca de cem estudantes que caminharam com faixas, carro de som e rojões até a reitoria. Durante alguns minutos, paralisaram o trânsito na Avenida Luciano Gualberto. Não houve confronto, apenas discussões com motoristas que tentavam furar o bloqueio. O Diretório Central dos Estudantes da USP (DCE-USP) coordenou as duas manifestações.

Nas demais unidades, o clima foi tranquilo. No câmpus da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) houve uma única urna. Em Ribeirão Preto, das 285 pessoas que tinham direito a voto, 268 compareceram. Das 114 pessoas com direito a voto nos câmpus de Piracicaba e Pirassununga, 84 compareceram aos locais de votação.

Fonte: estadão.com.br

Resultados são apresentados

Foram escolhidos os oito nomes que compõem a lista de candidatos ao cargo de reitor da Universidade de São Paulo (USP), em apuração realizada no prédio da Reitoria. A colocação foi a seguinte: Glaucius Oliva obteve 756 votos; João Grandino Rodas, 643 votos; Armando Corbani Ferraz, 423 votos; Francisco Miraglia, 295 votos; Sonia Penin, 272 votos; Ruy Alberto Correa Altafim, 202 votos; Wanderley Messias da Costa,167 votos; e Sylvio Sawaya, 69 votos. Os votos brancos totalizaram 1.551 e, os nulos, 364.

Fonte: Blog da Comissão Eleitoral responsável pelo processo de escolha do novo reitor da USP

Pois é, os votos brancos totalizaram 1.551 e, os nulos, 364, o que dá 41% dos votos.

Compare esses números com o total de votos do primeiro colocado (que totalizou 756 votos). Só uma observação…

Diretor da Física São Carlos vence 1º turno para reitor da USP

4 Comentários

  1. Nathalia Sautchuk Patrício (nathysautchuk) 's status on Wednesday, 21-Oct-09 03:40:33 UTC - Identi.ca said,

    […] Resultados do 1º turno das eleições para reitor da USP: https://comissaodereflexao.wordpress.com/2009/10/21/eleicao-para-reitor-1-turno/ […]

  2. Diego Rabatone Oliveira said,

    Eu acho que esse nível de abstenção é uma clara consequência do fato dos professores titulares serem “natos” e não representarem ninguém mais que eles mesmo. Eles não possuem responsabilidades de representação, então o desinteresse é altíssimo, é a mesma coisa que acontece na Congregação da Escola Politécnica. O percentual de não presença dos professores titulares é altíssimo (sempre se tem dificuldade de atingir o quorum mínimo para votações – 50% da casa), sendo que os representantes (estudantes, funcionários, profs. doutores, etc) dificilmente ão estão presentes. O que dá pra concluir que a abstenção dos docentes “natos” é maior que 50% em geral.

    Precisamos urgente de uma reforma democrática na Universidade, não acredito num futuro brilhante e grandioso se ela continuar tão avessa à democracia e à participação. E uma reforma democrática só pode ser feita num processo democrático, uma “cúpula” escolhida por uma pessoa (Reitora/Reitor) não é democrática e não fará a reforma realmente democrática que é necessária.

  3. Bruno said,

    Eu sinceramente acho q esse nível d abstenção é reflexo da falta de democracia mas pra mim é claro q isso só ficou evidente e as pessoas começaram a ligar os fatos e se preocupar com isso depois do choque entrar na usp e tocar o terror lá…
    Sabemos q só votar nulo ou se abster não é suficiente…. mas é um começo….!!!

  4. Haydee Svab said,

    O que me incomodou foi a quantidade de brancos, nem foram os 15% de abstenção. Esse índice é razoável, visto o desinteresse e descrença na política como um todo no Brasil.
    O que estranhei verdadeiramente foram os brancos: eles totalizam 31.51%, mais que a soma dos dois primeiros candidatos (15.36 + 13.06)%.
    O que significa um voto branco? Significa que tanto faz como tanto fez.
    Pode-se pensar isso porque visto que passam 8 ao segundo turno e qualquer fosse o voto de cada pessoa todos passariam, é possível entender o descaso, ingênuo descaso. Ou então, pode-se pensar que todos têm igual potencialidade de desempenho no exercício do cargo, o que é óbvia inverdade e de fácil constatação – só é preciso ler os programas dos candidatos ou ir a um debate para perceber. Ou ainda, o que é mais triste e mais provável, as pessoas apenas votaram para dizer que votaram e não entrarem para as estatísticas das abstenções e do descarado descaso.
    Bem, votar branco significa aprovar o processo atual e dizer tanto faz quem me represente. Isso é um erro estratégico, é deixar de se expressar sua vontade ou a de seus representados, corroborando para a criação de um fato político – instrumento de pressão sobre o segundo turno.
    O voto branco é um descaso não assumido, ao contrário da abstenção.

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