Kassab estuda trocar corredor por monotrilho em avenida

24/10/2009 at 08:31 (Notícias) (, , , , , )

Mudança no projeto se deve aos altos custos nas desapropriações na via para construção do corredor

Agência Estado

//

SÃO PAULO – A gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) estuda substituir a construção do corredor de ônibus da Avenida Celso Garcia, na zona leste da capital paulista, por um monotrilho elevado, mesmo modelo projetado para a extensão do Expresso Tiradentes (antigo Fura-Fila). Segundo informou na quinta-feira, em audiência na Câmara Municipal Laurindo Junqueira, técnico da São Paulo Transportes S/A (SPTrans) e ex-secretário de Transportes de Santos e de Campinas, o prefeito deve assinar o contrato para o estudo do projeto em dezembro.

A mudança de planos, segundo Junqueira, se deve ao alto custo previsto para as desapropriações necessárias à implementação dos 30 quilômetros de via para coletivos, interligando o Parque D.Pedro II, no centro, ao Itaim Paulista, no extremo da zona leste. “Essa situação (alto custo) levou o prefeito a reconsiderar a ideia de construir um corredor e a pedir estudos de alternativas. A opção pelo monotrilho ainda não está tomada”, ponderou o técnico da SPTrans.

O corredor da Celso Garcia é o único projetado pela gestão Kassab e deveria ter sido entregue no final de 2008. A nova previsão de conclusão da obra, feita no Plano de Metas do Executivo, é 2012. Procurada, a SPTrans disse que o monotrilho é um estudo e não estão descartados outros modelos, nem mesmo o atual projeto do corredor.

Vantagens

Embora reconheça a possibilidade do monotrilho, o secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes, afirma que o corredor de ônibus ainda é mais vantajoso. “Temos cinco ou seis possibilidades que estão sendo analisadas. Mas hoje o ônibus é mais vantajoso por causa do preço.”

Moraes afirma que há chances de que dois trechos do corredor da Celso Garcia sejam elevados: na região de Tiquatira e por cima do Clube da Penha. “Os técnicos também estão analisando se seria bom em todo o projeto, mas a tendência é que continue como um corredor de ônibus”, afirma.

Fonte: Estadao.com.br

Link permanente Deixe um comentário

Resultados do 1º turno das eleições para reitor da USP

21/10/2009 at 00:39 (Notícias) (, , , , )

Diretor da Física São Carlos vence 1º turno para reitor da USP

Glaucius Oliva recebeu 756 dos 1.641 votos nesta terça-feira, 20; índice de abstenção foi de 15%
SÃO PAULO – O primeiro turno para eleições para reitor da Universidade de São Paulo (USP) colocou nos três primeiros lugares os diretores do Instituto de Física de São Carlos, Glaucius Oliva, o da Faculdade de Direito, João Grandino Rodas, e o pró-reitor de pós-graduação, Armando Corbani, nesta ordem. A apuração dos 1.641 votos – com abstenção de 15% – ocorreu na noite desta terça-feira, 20. O segundo turno do pleito gera uma lista de três nomes, que são encaminhados para o governador José Serra (PSDB) determinar o vencedor.

Oliva recebeu 756 votos; Rodas, 643; e Corbani, 423. Em seguida vieram o professor do Instituto de Matemática e Estatística Francisco Miraglia (293), a diretora da Faculdade de Educação, Sonia Penin (272), o pró-reitor de cultura e extensão Ruy Altafim (202), o coordenador da Comunicação Social Wanderley Messias (167) e o diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Sylvio Sawaya (69).

A atual reitora, Suely Vilela, afirmou que “os que estão liderando estão bem preparados”. Ela também disse que o seu substituto deveria se preocupar em organizar a avaliação dos cursos de graduação. A instituição não participa do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Suely também defendeu mudanças no processo eleitoral, criticado por estudantes e funcionários, que têm baixa representatividade. “Todos deveriam votar, mas poderia seguir a proporcionalidade estipulada pela LDB”, diz, referindo-se à lei federal que pede eleições universais nas universidades, mas com peso maior para os votos dos professores. Segundo ela, não houve tempo em sua gestão para mudar o processo, apesar de ter isso sido debatido.

Protestos

Dois protestos realizados nesta terça-feira na Cidade Universitária foram os únicos sinais visíveis de movimentação política. Os estudantes pedem eleições mais democráticas, com maior participação de alunos e funcionários. Cerca de 1,9 mil eleitores, dos quais 165 são alunos, poderiam votar para escolher o 25º reitor da instituição. O primeiro turno determina uma lista com oito candidatos ao cargo, já que todos os professores titulares da USP podem receber votos. No dia 10, um colégio eleitoral menor escolherá a lista tríplice que vai ser enviada ao governador José Serra (PSDB).

Uma das manifestações ocorreu no período da manhã, no Instituto de Psicologia, enquanto professores, alunos e funcionários se dirigiam às urnas. Teve faixas e distribuição de panfletos, propondo um maior peso para alunos e funcionários no pleito. A segunda partiu da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e reuniu cerca de cem estudantes que caminharam com faixas, carro de som e rojões até a reitoria. Durante alguns minutos, paralisaram o trânsito na Avenida Luciano Gualberto. Não houve confronto, apenas discussões com motoristas que tentavam furar o bloqueio. O Diretório Central dos Estudantes da USP (DCE-USP) coordenou as duas manifestações.

Nas demais unidades, o clima foi tranquilo. No câmpus da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) houve uma única urna. Em Ribeirão Preto, das 285 pessoas que tinham direito a voto, 268 compareceram. Das 114 pessoas com direito a voto nos câmpus de Piracicaba e Pirassununga, 84 compareceram aos locais de votação.

Fonte: estadão.com.br

Resultados são apresentados

Foram escolhidos os oito nomes que compõem a lista de candidatos ao cargo de reitor da Universidade de São Paulo (USP), em apuração realizada no prédio da Reitoria. A colocação foi a seguinte: Glaucius Oliva obteve 756 votos; João Grandino Rodas, 643 votos; Armando Corbani Ferraz, 423 votos; Francisco Miraglia, 295 votos; Sonia Penin, 272 votos; Ruy Alberto Correa Altafim, 202 votos; Wanderley Messias da Costa,167 votos; e Sylvio Sawaya, 69 votos. Os votos brancos totalizaram 1.551 e, os nulos, 364.

Fonte: Blog da Comissão Eleitoral responsável pelo processo de escolha do novo reitor da USP

Pois é, os votos brancos totalizaram 1.551 e, os nulos, 364, o que dá 41% dos votos.

Compare esses números com o total de votos do primeiro colocado (que totalizou 756 votos). Só uma observação…

Diretor da Física São Carlos vence 1º turno para reitor da USP

Link permanente 4 Comentários

USP registra aumento de alunos, mas número de professores encolhe

20/10/2009 at 00:09 (Notícias) (, , )

Renata Cafardo e Simone Iwasso

Em 20 anos, a Universidade de São Paulo (USP) cresceu em alunos, cursos e vagas no vestibular, mas encolheu no número de professores e funcionários. Os movimentos opostos, segundo docentes e estudantes ouvidos pelo Estado, aumentaram a carga de trabalho, lotaram salas de aula e sobrecarregaram a estrutura da instituição.

A expansão da universidade mais produtiva do País é fruto de uma política de inclusão que incentivou cursos noturnos, novas graduações e unidades em áreas distantes, como a zona leste da capital. O número de alunos de graduação e pós cresceu mais de 70% desde 1989. Também foram criados 108 novos cursos. Mas o aumento de aposentados – o número quase dobrou no período e eles permanecem na folha de pagamento da USP – inibiu a criação de mais vagas para docentes.

Entre 1989 e 2007 (números oficiais mais recentes) houve queda de 3% na quantidade de professores e de 14,2% de funcionários. O Estado procurou a reitoria para falar sobre os dados, que constam no anuário da USP. A assessoria de imprensa enviou, por e-mail, números de professores referentes a 2008 e 2009. No ano passado, a quantidade teria chegado a 5.638 e neste ano, a 5.740, um aumento de 2% em relação a 1989. Segundo a reitoria, outras 516 vagas foram autorizadas, mas os docentes não foram contratados.

De fato, nos últimos anos, o número de docentes começou a reverter a tendência de queda. Mesmo assim, o crescimento não se aproxima da expansão de alunos. No período, o orçamento da USP, que vem da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cresceu em R$ 1 bilhão.

Professores ouvidos pelo Estado relatam uma rotina de 12 horas diárias de trabalho – período que não necessariamente é dedicado às aulas ou pesquisas. “Gasta-se muito tempo com burocracia em vez de estar criando conhecimento”, diz o professor titular do Instituto de Química da USP Mauro Bertotti. Por burocracia entende-se participar de comissões semanais para resolver problemas do departamento ou da universidade, registrar notas ou frequência dos alunos no sistema, dar pareceres. “A gente não pode funcionar como órgão burocrático. Isso prejudica o ensino e a pesquisa. Sem funcionários, aumenta a carga administrativa dos professores”, conta Sergio Souto, da Faculdade de Zootecnia, em Pirassununga.

Bertotti lembra que, ao organizar um curso de inverno, teve até de reservar hotel para os alunos de fora de São Paulo. “Daqui a pouco vai chegar o dia em que o docente terá de verificar se o banheiro está limpo ou não.” Salas super lotadas se tornaram comuns principalmente em disciplinas introdutórias, que devem ser cursadas por alunos de várias áreas. Por causa da grande procura e poucos professores, alunos precisam esperar às vezes mais de um ano por um lugar na sala de aula. São disciplinas obrigatórias, ou seja, não é possível se formar sem frequentá-las.

“Nossa formação fica cheia de lacunas porque não há professor suficiente para dar conta da demanda. Preciso fazer aula de estatística, que é obrigatória, e não consigo vaga há dois semestres”, diz o aluno de Ciências Sociais Tiago Aguiar.

Quando o estudante consegue vaga, enfrenta salas muitas vezes com mais de cem alunos – sem microfone, ar-condicionado ou sistema de ventilação. Nos cursos à noite, não há secretaria aberta. Os uspianos também reclamam da falta de segurança. “No noturno, tenho turmas com mais de cem alunos e, no diurno, entre 40 e 50. É evidente que o aproveitamento é menor. Uma aula desse tamanho vira conferência”, diz José Álvaro Moisés, professor titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Políticas (FFLCH).

Há 35 anos na USP, ele diz que a relação professor/aluno tem caído nas últimas décadas de maneira prejudicial. “Quando cresce a demanda e mantém estável a oferta de serviços, a qualidade tende a cair.”

SALÁRIOS

Apesar das greves frequentes, os professores reclamam mais das condições de trabalho que do salário. Hoje, o menor salário de titular com dedicação exclusiva é R$ 9.642,43, mas há gratificações a cada 5 ou 20 anos. O iniciante, com dedicação exclusiva e sem doutorado, ganha R$ 3.240,84. A reitoria aprovou neste ano um plano de carreira que permite aumento gradual por meio de avaliação de desempenho. A mudança foi bloqueada na Justiça a pedido da Associação dos Docentes (Adusp).

Uma eventual consequência do excesso de trabalho seria a prática recente de professores se juntarem para dar apenas uma disciplina e, assim, se revezar nas aulas. Para docentes que discordam desse comportamento, isso ocorre porque os colegas trabalham também para as chamadas fundações de apoio, uma polêmica antiga na instituição. Essas entidades oferecem consultorias e cursos de extensão pagos. “Eles não dão aula no noturno, não aparecem. Muitas vezes dois se encarregam de uma disciplina”, conta um professor que pediu para não ser identificado.

“Já cursei três disciplinas assim, os professores avisam no primeiro dia que vão juntar as turmas e dar a aula em parceria. Em uma delas, foram três professores, cada um apareceu uma parte do semestre”, conta Juliana Nazaré, de 23 anos, estudante do 2º ano de Pedagogia. “Quem está no fim do curso sofre com a questão dos estágios, porque professores não fazem a supervisão e o acompanhamento direito. Nossas dúvidas passam batido”, conta.

A dificuldade na supervisão de estágios, segundo Adrián Fajul, professor titular de espanhol da FFLCH, está no aumento dos cursos de licenciatura. “No projeto de Letras seriam contratados dois professores e dois auxiliares para cada licenciatura, mas a reitoria só contratou metade”, diz.

Docentes reclamam até da tecnologia. “Quando comecei a orientar na pós, o aluno ficava dois meses na biblioteca pesquisando. Agora, em um dia, ele chega com dez artigos lidos do mundo todo, que baixou pela internet”, diz o professor titular da Faculdade de Educação Nelio Bizzo, que está na USP há 20 anos. “Apesar de não ter aulas, não conheço um docente que não trabalhe aos sábados.”

Fonte: estadao.com.br

Link permanente 1 Comentário

Aumento de IPTU irrita os tucanos

16/10/2009 at 07:21 (Notícias) (, , , , , , )

Já assessores de Kassab dizem que crítica de aliados é inadequada

Diego Zanchetta

A possibilidade de o prefeito Gilberto Kassab (DEM) enviar nos próximos dias à Câmara Municipal um projeto para reajustar os valores do IPTU ampliou a insatisfação da equipe ligada ao governador José Serra (PSDB) lotada nas Secretarias de Finanças e de Planejamento da Prefeitura de São Paulo. Para esses assessores e técnicos, os reajustes do tributo e da tarifa de ônibus logo no início de 2010 vão ter impacto negativo direto na cada vez mais provável candidatura à presidência de Serra.

Apesar da animosidade, parte da base governista no Legislativo já foi avisada ontem de que o projeto chegará à Comissão de Finanças até o dia 25, com possível teto de 70% para os aumentos. Os tucanos defendem que existem outras alternativas para elevar a arrecadação, como viabilizar parcerias público-privadas (PPPs) para a construção de creches, ampliar o combate à sonegação de impostos e o Programa de Parcelamento Incentivado (PPI), fazer concessões urbanísticas de bairros e vender 524 imóveis municipais atualmente desocupados. O próprio Serra disse a Kassab que teme o aumento. Pela primeira vez, porém, o prefeito e os assessores mais próximos consideraram a interferência tucana inadequada.

Kassab acredita que a repercussão negativa do reajuste do IPTU não será tão grande, uma vez que o aumento será bem inferior aos mais de 300% previstos em um estudo inicial feito pela Comissão de Valores Imobiliários. O prefeito está decidido a enviar a correção ao Legislativo, com a previsão de aumentar em R$ 1 bilhão a arrecadação já para 2010. “Ele não terá outra chance de ganhar fôlego para os investimentos nos próximos anos se não fizer essa correção agora. Não podemos agir à mercê de uma candidatura à presidência o tempo todo”, desabafou um assessor do prefeito, irritado com a pressão de técnicos próximos do governador.

Como o estudo da correção da Planta Genérica de Valores (PGV) do IPTU foi feito só para uma parte da cidade e não haverá tempo de fazer cálculos para todas as regiões até o fim de outubro, a saída de Kassab deve ser mandar um projeto ao Legislativo com os valores de mercado já usados no cálculo do Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Nessa conta, o valor do imóvel é estipulado com base numa cesta de índices, com estimativas de preços elaboradas com mais de cem imobiliárias, corretores e construtores da capital.

Ontem o governo falava em fixar um teto de 70% para o aumento no primeiro ano, em 2010, com o pagamento escalonado nos anos posteriores para o imóvel que tiver um aumento superior a esse índice. Mas ainda há técnicos na Secretaria de Finanças que defendem um teto de até 130%, o que poderia elevar a arrecadação do IPTU de R$ 2,9 bilhões anuais para R$ 4,1 bilhões.

Com apoio de 40 dos 55 vereadores, Kassab também vê um bom momento político para conseguir a aprovação da nova PGV. No fim de semana, o prefeito deve reunir-se com aliados e com o próprio Serra para anunciar os detalhes do projeto. Prevista para hoje, a primeira audiência pública para discutir o Orçamento de 2010, estimado em R$ 28,1 bilhões, foi cancelada. “Precisamos saber agora como será o impacto com o novo IPTU”, afirmou Milton Leite (DEM), relator do Orçamento.

ANIMOSIDADE

Desde o início do segundo governo, em janeiro, o PSDB vem perdendo espaço na administração. O resultado mais emblemático dessa disputa foi o pedido de demissão do secretário de Coordenação das Subprefeituras, Andréa Matarazzo, aliado político e amigo pessoal do governador. No início de setembro, Matarazzo havia criticado publicamente os cortes de verbas para os serviços de varrição, o que irritou o prefeito. Uma semana depois, o tucano acabou deixando o cargo.

Outros subprefeitos tucanos foram substituídos por políticos do DEM e por novos aliados do PV e do PR. Publicamente, contudo, o prefeito nega as desavenças e diz continuar seguindo as orientações de Serra, seu principal padrinho político.

Link permanente Deixe um comentário

“SP repassa R$ 100 mi para manter o ônibus a R$ 2,30” – O Estado de S.Paulo

10/10/2009 at 08:02 (Notícias) (, , , , , , )

Será que isso realmente é “manter as tarifas baixas”? Se a população (contribuintes) vai continuar pagando para as viações, será que a tarifa real é R$2,30 mesmo? Ou isso é só uma “fachada”? Qual é o real custo do transporte público para a população paulistana?
É muito fácil prometer não aumentar as tarifas dessa forma… tira dinheiro da saúde, da educação, da limpeza pública, e até das subprefeituras para subsidiar as viações com seu serviço ineficiente e de má qualidade.

==================================================

Publicado em: 06/10/2009 – 17:23

Compensação paga pela Prefeitura às viações chega a valor recorde[br]na década e Prefeitura alega gastos com a renovação da frota

Diego Zanchetta

Prestes a completar três anos sem aumento, a tarifa de ônibus a R$ 2,30 chega perto do fim de 2009 amparada em um repasse recorde de subsídios. Em setembro, o pagamento mensal da São Paulo Transporte S.A. (SPTrans) referente a “compensações tarifárias” – verba destinada a cobrir os custos das gratuidades e de operação declarados pelas viações – atingiu R$ 100 milhões, o maior volume repassado na década. Às vésperas das eleições do ano passado, quando uma das principais promessas do prefeito Gilberto Kassab (DEM) era manter até 2010 o preço da passagem, os subsídios atingiram R$ 86 milhões. Neste ano, desde maio a média dos repasses tem sido de R$ 75 milhões.

O governo já pagou em subsídios nos três primeiros trimestres, às viações de ônibus e cooperativas de perueiros, R$ 583 milhões, o equivalente a 97% do teto de R$ 600 milhões estabelecido pelo Orçamento de 2009. A Secretaria Municipal de Transportes argumenta que os repasses para renovação da frota estão embutidos na “compensação tarifária” e totalizam R$ 202 milhões, enquanto os subsídios somam R$ 381 milhões. Entre 2000 e 2008, porém, a verba para a renovação da frota tinha rubrica específica e nunca foi incluída no repasse dos subsídios.

Se for mantida a média dos repasses, o ano deverá fechar com R$ 732 milhões de “compensações tarifárias”. Kassab adotou a política de ampliar os subsídios para evitar o aumento da tarifa em julho de 2007, mês no qual o patamar mensal saltou de R$ 27 milhões para R$ 37 milhões. De novembro de 2006, data do último reajuste, até o dia 30 de setembro, já houve quase R$ 1,5 bilhão de subvenções. No período, porém, as dez viações e oito cooperativas tiveram três reajustes contratuais na remuneração por passageiro transportado, o que independe do preço da passagem. As viações recebem hoje, em média, R$ 1,78 por passageiro e as peruas, R$ 1,12.

Apesar de técnicos do governo defenderem o uso de subsídios como forma de manter uma “tarifa social”, o que favorece as classes mais baixas, especialistas criticam a falta de fôlego nos investimentos por causa da alta desse recurso. O prefeito não construiu nenhuma pista exclusiva completa para ônibus e atrasou a conclusão do prolongamento do Expresso Tiradentes (ex-Fura-Fila) até a Vila Prudente, prometida para 2008.

Para Horácio Augusto Figueira, especialista em transito, não dá para pagar subsídio sem impor metas de eficiência às empresas. O especialista, porém, é favorável a “bancar” parte das gratuidades. “Como usuário de ônibus e autônomo, não recebo vale-transporte e pago parte da gratuidade do estudante. Acho justo pagar essa conta de alguém que batalha por um trabalho.”

Em janeiro de 2010, a passagem deverá passar para um valor que deve ficar por volta de R$ 2,75. Com o aumento, os subsídios devem cair para R$ 360 milhões anuais. O governo diz que o teto de R$ 600 milhões para os subsídios está mantido.

Link permanente Deixe um comentário

“Orçamento proposto por Kassab reduz verba das subprefeituras” – Folha de S.Paulo

10/10/2009 at 07:57 (Notícias) (, , , , , , , )

Fonte: Movimento Nossa São Paulo

Publicado em: 05/10/2009 – 15:32

Recursos são 40% menores em relação ao projeto do prefeito para 2009

DO “AGORA”

As subprefeituras terão um corte de 40% no Orçamento proposto pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) para 2010, em comparação com o projeto enviado à Câmara Municipal no ano passado. A iniciativa é vista no meio político como uma tentativa de concentração de poder pela administração.

Entre as 31 subprefeituras, a da Sé (região central) e a de M’Boi Mirim (zona sul) serão as mais afetadas pela redução de R$ 468 milhões proposta pelo Executivo. Ambas terão pouco menos da metade do que foi apresentado em 2008.

A que menos sofreu redução foi a de Guaianases (zona leste) -mesmo assim, terá quase um terço a menos do que foi oferecido por Kassab para este ano.

De forma geral, as subprefeituras são responsáveis por serviços como poda de árvores, conservação de jardins e áreas públicas e limpeza de bueiros. O fato de estarem mais próximas da população do que o próprio prefeito é visto como motivo para que tivessem mais força do que a que dispõem hoje.

“Desempenhar apenas a função de zeladoria é um reflexo da centralização. Hoje, [as subprefeituras] são menos do que as antigas administrações regionais”, diz o vereador Antonio Donato (PT), vice-presidente da Comissão de Finanças da Câmara.

Relator da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), o vereador Milton Leite (DEM) afirma que precisa examinar a proposta de Kassab. “Não pode ser visto só por um aspecto. Se mudou o responsável da despesa, por exemplo, então não há corte.”

Subprefeita da Lapa (zona oeste), Soninha Francine (PPS) disse já ter passado apuros com o contigenciamento feito neste ano. O corte previsto para 2010 (34%) preocupa.

“Tem um forte impacto na vida das pessoas. Estamos sem capacidade alguma de investimento. É legítimo mostrar que se precisa e tem capacidade para executar os recursos”, diz.

Link permanente Deixe um comentário

Fundação da USP dá R$ 400 mil a loja de caça

07/10/2009 at 17:15 (Notícias) (, , , , , )

Fico me perguntando…..

Se a Fundação é “Sem Fins Lucrativos”, como é que ela consegue ter tanto dinheiro desviado e ainda assim pagar todas as contas?

=========================================

Fundação da USP dá R$ 400 mil a loja de caça

Promotoria investiga essa e mais 20 empresas que seriam usadas por funcionários da Fundação Vanzolini em fraude de R$ 5,4 mi

Instituição diz que após auditorias identificou golpe e mudou procedimentos; curadoria não vê envolvimento de diretores

ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL

A Fundação Vanzolini, instituição de professores da Politécnica da USP, pagou quase R$ 400 mil pela consultoria de uma empresa de São Paulo que, segundo registros, é especializada no “comércio de artigos de caça, pesca e camping”.
A empresa contratada, a Presto, também registrada como Recanto da Pesca, é só um exemplo, segundo o Ministério Público, de uma lista de 21 empresas “laranjas” utilizadas por funcionários da fundação para desviar mais de R$ 5,4 milhões.
Os recursos desviados equivalem a cerca de 10% de um orçamento anual da fundação (superior a R$ 50 milhões).
A Presto recebeu R$ 385 mil da fundação entre 2006 e 2008, mas não há um contrato que aponte exatamente que tipo de consultoria ofereceu. Existem apenas as notas fiscais.
Para tentar recuperar os R$ 5,4 milhões, desviados entre 2006 e 2008, a Curadoria de Fundações, órgão da Promotoria, ajuizou uma ação civil semana passada. Quem encabeça a lista de suspeitos é o então gerente financeiro da fundação Luiz Roberto de Pierre. Ele nega as acusações.
O banco Itaú também está na lista de réus. Segundo a ação, o banco autorizou pagamentos sem as assinaturas necessárias ou com assinaturas falsas.
A Fundação Vanzolini é uma instituição privada, sem fins lucrativos, criada nos anos 60 pelos professores da Politécnica da USP. Seu principal objetivo é o apoio às pesquisas realizadas pela universidade paulista. Faz isso com o superavit gerado por meio de seus contratos com entidades públicas e privadas.
A suspeita sobre ela é semelhante à que pesa contra a Fundação Butantan, onde, segundo a Promotoria, funcionários do segundo escalão desviaram uma quantia superior a R$ 35 milhões (de um orçamento anual de R$ 300 milhões).
Esse rombo provocou o afastamento do presidente da Fundação Butantan, Isaias Raw, não pela suspeita de que ele tenha sido beneficiado, mas por “gestão temerária”.

Providências
No caso da Vanzolini, a Curadoria de Fundações não pediu o afastamento da cúpula da instituição porque, além de não haver suspeita de favorecimento dos dirigentes, ela considerou satisfatórias as providências tomadas. O suposto esquema começou a ser investigado em junho de 2008 quando um contador da fundação apontou para a possibilidade de fraude.
Duas empresas de auditoria foram contratadas pela fundação e, após investigação, identificaram o desvio que ocorria com a contratação fraudulenta de produtos e serviços.
A fraude descoberta, diz a Promotoria, era realizada nos pagamentos inferiores a R$ 10 mil, nos quais o departamento tinha certa autonomia, e basicamente de duas formas.
Numa delas, uma rede de empresas “laranjas” era utilizada para justificar o pagamento de “serviços que, na realidade, nunca foram prestados” para a fundação.
A outra linha da fraude era, segundo a Promotoria, a falsificação de notas fiscais de empresas que normalmente prestavam serviço à fundação.

São Paulo, quarta-feira, 07 de outubro de 2009

outro lado

Providências já foram tomadas, diz instituição

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da diretoria-executiva da Fundação Vanzolini, Mauro Zilbovicius, disse que, após a descoberta da fraude, uma série de medidas foram adotadas para tentar evitar novos desvios de recursos e que não há a possibilidade de o volume desviado ter sido maior.
“Não há [a suspeita de ter havido desvio em anos anteriores]. Além de sindicância interna, foram contratadas duas auditorias externas e o que se verificou foi integralmente relatado ao Ministério Público”, disse o presidente, por e-mail. Ele não informou onde recursos desviados seriam utilizados.
Ainda de acordo com Zilbovicius, entre as medidas adotadas estão a implementação de “controles mais rígidos” e a substituição preventiva de “praticamente a totalidade dos funcionários da área contábil financeira”. “As medidas foram decididas com base em sugestões das auditorias contratadas.”
O presidente da fundação informou ainda que, agora, nenhum “pagamento é feito na fundação sem autorização de diretor-executivo”.
De acordo com a ação do Ministério Público, parte dos desvios da fundação ocorreu em razão da “competência atribuída ao departamento” de finanças.
O ex-gerente da fundação Luiz Roberto de Pierre, apontado pela Promotoria como o comandante da fraude, disse à reportagem desconhecer a ação. “Não tenho nada a declarar”, disse ele.
“Eu não autorizo a publicação de reportagem com meu nome”, afirmou.
Nesse mesmo telefonema, Pierre disse que passaria ao seu advogado a missão de falar com a Folha, mas não houve nenhuma ligação do defensor até o fechamento desta edição. A reportagem falou com o ex-gerente na tarde de anteontem.
O Itaú informou que não comentaria o assunto porque ainda não foi comunicado oficialmente sobre a ação.
Assim como a auditoria contratada pela Vanzolini, a Folha não conseguiu localizar os responsáveis pela Presto ou Recanto da Pesca, apesar de constar como ativa na Receita Federal. O suposto proprietário, Roberto Querubino de Vasconcelos, também não foi localizado.
De acordo com ação da Promotoria, o empresário também é sócio da IPCA Seleção de Pessoal, Serviços Terceirizados e Mão-de-Obra Temporária, que também integra a lista de empresas “laranjas”. Ela recebeu R$ 14,6 mil da fundação por serviços não realizados.
No endereço fornecido como sede da IPCA, em Santo Amaro (zona sul), funciona uma escola de informática.
O proprietário, Silas Dimas de Siqueira, disse que está no endereço há mais de três anos e não conhece a IPCA ou Roberto Querubino de Vasconcelos. (RP).

Link permanente 1 Comentário