Kassab estuda trocar corredor por monotrilho em avenida

24/10/2009 at 08:31 (Notícias) (, , , , , )

Mudança no projeto se deve aos altos custos nas desapropriações na via para construção do corredor

Agência Estado

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SÃO PAULO – A gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) estuda substituir a construção do corredor de ônibus da Avenida Celso Garcia, na zona leste da capital paulista, por um monotrilho elevado, mesmo modelo projetado para a extensão do Expresso Tiradentes (antigo Fura-Fila). Segundo informou na quinta-feira, em audiência na Câmara Municipal Laurindo Junqueira, técnico da São Paulo Transportes S/A (SPTrans) e ex-secretário de Transportes de Santos e de Campinas, o prefeito deve assinar o contrato para o estudo do projeto em dezembro.

A mudança de planos, segundo Junqueira, se deve ao alto custo previsto para as desapropriações necessárias à implementação dos 30 quilômetros de via para coletivos, interligando o Parque D.Pedro II, no centro, ao Itaim Paulista, no extremo da zona leste. “Essa situação (alto custo) levou o prefeito a reconsiderar a ideia de construir um corredor e a pedir estudos de alternativas. A opção pelo monotrilho ainda não está tomada”, ponderou o técnico da SPTrans.

O corredor da Celso Garcia é o único projetado pela gestão Kassab e deveria ter sido entregue no final de 2008. A nova previsão de conclusão da obra, feita no Plano de Metas do Executivo, é 2012. Procurada, a SPTrans disse que o monotrilho é um estudo e não estão descartados outros modelos, nem mesmo o atual projeto do corredor.

Vantagens

Embora reconheça a possibilidade do monotrilho, o secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes, afirma que o corredor de ônibus ainda é mais vantajoso. “Temos cinco ou seis possibilidades que estão sendo analisadas. Mas hoje o ônibus é mais vantajoso por causa do preço.”

Moraes afirma que há chances de que dois trechos do corredor da Celso Garcia sejam elevados: na região de Tiquatira e por cima do Clube da Penha. “Os técnicos também estão analisando se seria bom em todo o projeto, mas a tendência é que continue como um corredor de ônibus”, afirma.

Fonte: Estadao.com.br

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“SP repassa R$ 100 mi para manter o ônibus a R$ 2,30” – O Estado de S.Paulo

10/10/2009 at 08:02 (Notícias) (, , , , , , )

Será que isso realmente é “manter as tarifas baixas”? Se a população (contribuintes) vai continuar pagando para as viações, será que a tarifa real é R$2,30 mesmo? Ou isso é só uma “fachada”? Qual é o real custo do transporte público para a população paulistana?
É muito fácil prometer não aumentar as tarifas dessa forma… tira dinheiro da saúde, da educação, da limpeza pública, e até das subprefeituras para subsidiar as viações com seu serviço ineficiente e de má qualidade.

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Publicado em: 06/10/2009 – 17:23

Compensação paga pela Prefeitura às viações chega a valor recorde[br]na década e Prefeitura alega gastos com a renovação da frota

Diego Zanchetta

Prestes a completar três anos sem aumento, a tarifa de ônibus a R$ 2,30 chega perto do fim de 2009 amparada em um repasse recorde de subsídios. Em setembro, o pagamento mensal da São Paulo Transporte S.A. (SPTrans) referente a “compensações tarifárias” – verba destinada a cobrir os custos das gratuidades e de operação declarados pelas viações – atingiu R$ 100 milhões, o maior volume repassado na década. Às vésperas das eleições do ano passado, quando uma das principais promessas do prefeito Gilberto Kassab (DEM) era manter até 2010 o preço da passagem, os subsídios atingiram R$ 86 milhões. Neste ano, desde maio a média dos repasses tem sido de R$ 75 milhões.

O governo já pagou em subsídios nos três primeiros trimestres, às viações de ônibus e cooperativas de perueiros, R$ 583 milhões, o equivalente a 97% do teto de R$ 600 milhões estabelecido pelo Orçamento de 2009. A Secretaria Municipal de Transportes argumenta que os repasses para renovação da frota estão embutidos na “compensação tarifária” e totalizam R$ 202 milhões, enquanto os subsídios somam R$ 381 milhões. Entre 2000 e 2008, porém, a verba para a renovação da frota tinha rubrica específica e nunca foi incluída no repasse dos subsídios.

Se for mantida a média dos repasses, o ano deverá fechar com R$ 732 milhões de “compensações tarifárias”. Kassab adotou a política de ampliar os subsídios para evitar o aumento da tarifa em julho de 2007, mês no qual o patamar mensal saltou de R$ 27 milhões para R$ 37 milhões. De novembro de 2006, data do último reajuste, até o dia 30 de setembro, já houve quase R$ 1,5 bilhão de subvenções. No período, porém, as dez viações e oito cooperativas tiveram três reajustes contratuais na remuneração por passageiro transportado, o que independe do preço da passagem. As viações recebem hoje, em média, R$ 1,78 por passageiro e as peruas, R$ 1,12.

Apesar de técnicos do governo defenderem o uso de subsídios como forma de manter uma “tarifa social”, o que favorece as classes mais baixas, especialistas criticam a falta de fôlego nos investimentos por causa da alta desse recurso. O prefeito não construiu nenhuma pista exclusiva completa para ônibus e atrasou a conclusão do prolongamento do Expresso Tiradentes (ex-Fura-Fila) até a Vila Prudente, prometida para 2008.

Para Horácio Augusto Figueira, especialista em transito, não dá para pagar subsídio sem impor metas de eficiência às empresas. O especialista, porém, é favorável a “bancar” parte das gratuidades. “Como usuário de ônibus e autônomo, não recebo vale-transporte e pago parte da gratuidade do estudante. Acho justo pagar essa conta de alguém que batalha por um trabalho.”

Em janeiro de 2010, a passagem deverá passar para um valor que deve ficar por volta de R$ 2,75. Com o aumento, os subsídios devem cair para R$ 360 milhões anuais. O governo diz que o teto de R$ 600 milhões para os subsídios está mantido.

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Bicicleta vence desafio de transportes em São Paulo

21/09/2009 at 14:00 (Notícias) (, , )

Fonte: Bom Dia Brasil – Globo.com

Um problema afeta milhares de pessoas e causa muito transtorno nas grandes cidades do mundo: o trânsito. Horas de muito aborrecimento podem causar danos à saúde.

Você já imaginou viver sem carro? É um desafio, e São Paulo fez o teste. Na hora do rush, quem chega mais rápido? Teve passageiro em todos os meios de transporte. E o resultado foi surpreendente.

O vencedor até que já era esperado: deu bicicleta de novo. Mas o que não se esperava é que o helicóptero ficasse para trás. E que até o patinete chegasse antes do carro.

O paulistano passa tanto tempo parado no trânsito que começa a desenvolver problemas de saúde, principalmente na coluna. E já tem médico dando dicas para melhorar a postura.

São Paulo também pode ser chamada de Cidade Luz – imagem poética e caótica. “Não dá mais. A qualquer hora, durante 24 horas, São Paulo está parada”, critica a gerente de bistrô Rita de Cássia Machado.

Uma pesquisa feita pelo Movimento Nossa São Paulo confirma que a população está insatisfeita com o trânsito. Para 47% dos entrevistados, ele é “péssimo”.

Dá até tempo de fazer um espetáculo só para os motoristas presos no congestionamento. O número de pessoas que têm carros aumentou. Metade dos entrevistados na pesquisa possui um ou mais veículos na garagem, mas, se houvesse uma boa alternativa de transporte público, a grande maioria deixaria de usar o carro. “Eu deixaria o carro em casa, com uma boa alternativa, com certeza”, comenta a jovem.

O desespero é tamanho que os paulistanos lançaram um desafio curioso. Como parte das atividades até o Dia Mundial sem Carro, fizeram uma competição entre os meios de transporte. Cada participante escolheu um jeito de chegar da Zona Sul até a prefeitura, no Centro da cidade.
Valia ir de ônibus, metrô, carro, moto, bicicleta, a pé caminhando, correndo e até de helicóptero.

Todos esperavam que o helicóptero chegasse primeiro, mas surpreendentemente a bicicleta foi mais veloz. O ciclista fez em 22 minutos e chegou cansado. “A bike é barata e desloca de um ponto para outro de maneira mais eficiente”, afirma o administrador de empresas Ricardo Bruns.

Em seguida, chegou uma moto, mais um ciclista e, acredite, só depois surgiu no céu da cidade o quarto colocado. “Outras modalidades que ninguém acreditava, na competição com helicóptero, acabaram vencendo. Este é um sinal de que a bicicleta é sim uma opção para a cidade de São Paulo”, diz o jornalista Milton Jung

O rapaz que foi correndo conseguiu chegar 16 minutos antes que o carro.

O paulistano fica em média 2 horas e 43 minutos por dia no carro. Além da falta de paciência e do estresse, motoristas e passageiros acabam tendo problemas de coluna. Algumas dicas são fundamentais para quem passa esse tempo dentro de um veículo.

O motorista não deve ter que esticar as pernas para alcançar os pedais. As pernas devem ficar dobradas em um ângulo de 90º e 95º. E os calcanhares devem estar sempre apoiados no chão.

O motorista Cícero Gregório Bernardes é motorista de ônibus. Ele está de licença médica, porque precisou operar a coluna. “A gente nunca tem aquela postura que deveria ter. A gente trabalha dez ou nove horas por dia. Então, não tem jeito”, reconhece.

Sentar no carro do jeito certo diminui os riscos. Segundo o ortopedista Etevaldo Coutinho, especialista em coluna , a posição correta é estar com as duas mãos no volante, e o cotovelo levemente refletido. Dirigir com os braços esticados pode trazer traumatismo e fraturas..

O helicóptero perdeu para a bicicleta, porque o percurso incluiu o deslocamento até o heliponto e a espera pela liberação da torre de controle.

Em uma escala de um a dez, os paulistanos deram nota três de média para a situação do trânsito da cidade. Para 67% dos entrevistados, os investimentos feitos para melhorar a circulação na capital deveriam priorizar a ampliação e modernização das linhas de metrô, trem e ônibus.

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